quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Cerveja Estrada Real IPA Falke Bier

Para os cervejetarianos que apreciam uma cerveja mais suave e equilibrada:


O estilo India Pale Ale foi criado pelos ingleses durante a colonização da Índia no século XVIII. Aumentaram a lupulagem (o lúpulo tem ação bactericida) e o teor alcoólico (diminui a atividade microbiológica), conferindo, naturalmente, maior durabilidade à bebida. A Estrada Real e a Falke Bier resgatam esta receita, oferecendo uma autêntica English IPA, que certamente seria a cerveja que acompanharia os viajantes da Estrada Real no séc. XVIII.

Em Brasília, adquira pelo Empório Soares & Souza: http://emporioss.com.br/

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Brasil ganha cerveja orgânica


Brasil ganha cerveja orgânica

Ingredientes da Honey Dew são cultivados em fazendas que não usam agrotóxicos ou pesticidas

Da Redação
A importadora Boxer do Brasil acaba de anunciar o lançamento de uma cerveja orgânica no país. A Honey Dew, da família das Golden Ales, é do grupo Fuller’s, antiga cervejaria do Reino Unido. 

A cerveja é produzida com lúpulo selvagem e cevada cultivada em fazendas orgânicas, que não usam pesticidas químicos ou fertilizantes. O teor alcoólico é de 5% e a composição leva ainda mel orgânico fino com maltes. 

Por conta dos ingredientes, a Honey Dew tem um toque doce e apresenta cor dourada. Disponível em garrafas de 500 ml, o produto custa, em média, R$ 22. 

A fabricante Eisenbahn é outra que já vende uma versão orgânica de cerveja no Brasil. Segundo o grupo, a bebida é certiciada pelo IBD - Instituto Biodinâmico - que certifica produtos orgânicos no país.
Divulgação
Embalagem da Honey Dew

Cervejas Especiais


Alto poder aquisitivo coloca Brasília na rota das cervejas especiaisSomente nos últimos cinco meses, foram abertos três empreendimentos. Há garrafas de 750ml que chegam a custar R$ 250

Publicação: 24/04/2011 08:00 Atualização: 24/04/2011 14:21
Felipe de Castro, que gasta R$ 1,2 mil mensais com produtos artesanais ou importados: "Não consigo mais tomar as cervejas tradicionais. O processo industrial acaba com o gosto da bebida"

Cervejeiros não são os que bebem muito, necessariamente. São aqueles que encontraram glamour na cevada e se autodefinem apreciadores de cervejas especiais, que não se importam em pagar até R$ 250 em uma garrafa da bebida e deixam claro conhecer todo o processo de fabricação de cada rótulo escolhido. Essa tribo, com adeptos fiéis em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, conquistou seguidores em Brasília e fez surgir um novo nicho de mercado. Somente nos últimos cinco meses, três lojas especializadas abriram as portas na capital federal. Uma franquia paulista se instalou em um shopping há 15 dias e negocia para montar quiosques em outros dois.

Bares, restaurantes e supermercados da cidade tentam pegar carona na mania das cervejas requintadas. Marcas brasileiras e principalmente internacionais, com os mais inusitados aromas e sabores — até mesmo de frutas e chocolate —, podem ser encontradas em cardápios e prateleiras. A demanda vem crescendo, segundo os empresários, o que força o segmento a manter mais estoques e variedades da bebida. O perfil do brasiliense, conhecido por viajar bastante ao exterior e por ter a maior renda per capita do país, ajuda a impulsionar os recentes investimentos.

A presença das embaixadas e de organismos internacionais também aumenta o potencial desse mercado em Brasília. “Mesmo longe, as pessoas não querem deixar de beber as cervejas do país de origem”, conta Luciana Isaac Ferreira de Souza, 36 anos. Em 2008, ela e o marido abriram o Empório Soares & Souza, na 212 Norte, o primeiro lugar exclusivo de cervejas artesanais da cidade. A procura pelos produtos surpreendeu: cerca de 800 clientes estão cadastrados no sistema. Este ano, o casal decidiu comprar a loja ao lado para dobrar o tamanho do espaço. A ampliação ficará pronta até o fim de maio.

Confiante de que os cervejeiros tendem a se multiplicar, Luciana investiu R$ 100 mil e também fechou parceria com a Mr. Beer, franquia que nasceu em 2004 e hoje possui 17 unidades espalhadas em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Paraná e, desde o início deste mês, no Distrito Federal, no Conjunto Nacional. “Apostamos em Brasília porque o perfil do consumidor vai ao encontro dos nossos produtos. A cidade de pessoas com alto poder aquisitivo, informadas e viajadas tem tudo para se destacar”, avalia Rodolfo Alves, 29, sócio-fundador da marca.

O crescimento do mercado empolga o advogado Felipe Boni de Castro, 35 anos, devoto do mundo cervejeiro. Ela gasta, por semana, pelo menos R$ 300 nos empórios. Em casa, coleciona as garrafas: são mais de 90 rótulos diferentes acumulados em dois anos. “Não consigo mais tomar as cervejas tradicionais. O processo industrial acaba com o gosto da bebida”, diz ele, que pesquisa na internet e em livros a origem, a fermentação, a classificação e o teor alcoólico das marcas. “Quando as pessoas perceberem que as cervejas especiais pesam menos, as vendas vão estourar”, acredita.

Oportunidade
Em janeiro, após um ano e meio de planejamento, o engenheiro Felipe Labanca, 25 anos, que pensa como o xará, inaugurou o Empório La Bière, no Lago Sul. O apreciador de cervejas sentia falta de lojas especializadas na cidade e desembolsou R$ 80 mil para iniciar o negócio. Quem entra no empório para comprar gasta em torno de R$ 150. Quando um grupo de amigos se reúne, a conta pode alcançar R$ 600. “Estamos abrindo um novo mercado que vem aumentando igual ao dos vinhos. Não é modismo nem apenas curiosidade. A tendência é de consolidação”, acredita.

Por enquanto, apesar da propaganda boca a boca, as cervejas mais elaboradas se restringem ao cotidiano de um público seleto. O universo que inclui baldes, camisetas, aventais, abridores de garrafas, baralho e outros souvenirs personalizados ainda é desconhecido da maioria dos que gostam da bebida. “Tem gente que passa na frente da loja e se espanta. Depois que entra, todo mundo fica encantado com a variedade e o formato das garrafas”, conta o vendedor Leonardo Shamah, 30 anos, da Grote Markt, empório aberto há cinco meses na Asa Norte.

Luciana de Souza, dona de empório: estrangeiros são consumidores fiéis (Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press)
Luciana de Souza, dona de empório: estrangeiros são consumidores fiéis
O Grupo Pão de Açúcar percebeu o potencial das cervejas diferenciadas em 2009, quando encomendou pesquisas para entender a demanda e avaliar quais marcas deveriam estar nas gôndolas. No ano seguinte, o segmento apresentou crescimento de 120% nas vendas. A rede trabalha atualmente com 90 rótulos de países como Estados Unidos, Inglaterra, Holanda, Bélgica, Alemanha, Irlanda e República Tcheca. “Brasília é bastante forte nesse segmento, em razão de ser uma cidade com público formador de opinião, que lança tendências”, afirma o gerente comercial do grupo, Fábio Rodrigues.

Há mais de 200 tipos de cerveja disponíveis na capital federal. Existem as adocicadas, as que possuem rolha no lugar de tampa, as envelhecidas em barris de uísque. Os preços variam bastante. Uma garrafa de 750 ml da Deus, uma das belgas mais famosas, custa R$ 250. Três litros da Chimay, também belga, saem por R$ 600. Uma long neck escocesa, de 330ml, chega a valer R$ 80, por possuir teor alcoolico elevado, 18,2%, quase quatro vezes mais do que o das marcas brasileiras tradicionais. Os homens são a maior parte dos compradores, mas o público feminino é crescente.

Fonte: Correio Braziliense